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Dr Thiago Bandeca

Depósito de células sanguíneas em placa de colesterol


Esse vídeo elucida o acúmulo de células sanguíneas em uma placa de ateroma.

Ateromatose aórtica é uma doença que caracteriza-se pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede da artéria aorta. Com o tempo, esse acúmulo diminui o espaço interior da aorta (luz) e começa a obstruir a passagem do sangue, reduzindo assim o aporte sanguíneo aos tecidos irrigados pela artéria. A ateromatose é um processo difuso, acometendo simultaneamente outras artérias além da aorta.

A placa de ateroma é um depósito de gordura que se forma e desenvolve no interior de artérias (vasos sanguíneos). A placa de ateroma cresce silenciosa ao longo dos anos, tornando-se cada vez maior sem que dê sintomas. Quando as dimensões da placa são suficientemente grandes para restringir a passagem de sangue surgem então os sintomas. Embora ainda exista muito a ser esclarecido, é sabido que o excesso de lípides circulantes favorece o surgimento de lesões no endotélio. É provável que quando há grandes excessos de colesterol e ésteres de colesterol na circulação (transportados pelas lipoproteínas de baixa densidade, as LDL – do Inglês, low-density lipoprotein, que são conhecidas popularmente como colesterol ruim) essa gordura toda não consiga ser utilizada pelos tecidos e envelheçam. Conforme essas gorduras (e as partículas que as transportam, as LDL) vão ficando velhas, tendem a se oxidar, já que o sangue é rico em oxigênio. Dessa oxidação, surgem partículas e gorduras modificadas que são altamente nocivas para os vasos.

A ateromatose aórtica pode afetar qualquer porção da artéria aorta, que é a maior artéria do corpo humano, responsável por levar o sangue rico em oxigênio para todo o corpo. Esse vaso sai do coração e atravessa o tórax (aorta torácica) e o abdômen (aorta abdominal), até terminar na altura do osso da bacia, onde se bifurca e dá origem as artérias ilíacas.

O desenvolvimento da ateromatose é lento, porém progressivo. Se o processo não for interrompido, a doença pode tornar-se grave, podendo causar a morte dos tecidos devido à obstrução do fluxo sanguíneo.

A ateromatose também deixa a parede da artéria irregular, favorecendo assim a formação de coágulos, que podem se desprender e causar uma trombose. O trombo pode entupir a artéria e causar infarto, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral ("derrame"), entre outras complicações.

Pessoas que apresentam um ou mais desses fatores de risco têm mais propensão para desenvolver ateromatose aórtica: idade entre 50 e 70 anos, sexo masculino, colesterol e triglicerídeos altos, tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo, história familiar de ateromatose.

A ateromatose aórtica é uma doença silenciosa. Os primeiros sintomas só começam a aparecer quando boa parte da artéria já está obstruída. Portanto, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor é o prognóstico.

O tratamento da ateromatose é feito através do controle ou eliminação dos fatores de risco, como deixar de fumar, perder peso, controlar hipertensão, colesterol, triglicerídeos e diabetes, praticar atividade física, ter uma alimentação equilibrada, entre outros.

Que doenças podem ser causadas pela aterosclerose?

Dependem do local onde está a placa de ateroma:

Doença cardíaca: como a angina de peito ou enfarto do miocárdio. Resulta da formação de um trombo sobre uma placa de ateroma localizada numa artéria coronária (fornece sangue ao coração); Doença cerebrovascular, trombose cerebral ou AVC: doença cerebral que pode causar trombose ou AIT (trombose que recupera em 24 horas). Trombose significa que uma parte do cérebro foi lesionada subitamente. É causada pelo bloqueio de uma artéria cerebral por um coágulo que se forma geralmente sobre uma placa de ateroma. No AIT, a circulação cerebral é recuperada em 24 horas. Há casos com sintomas semelhantes a trombose causados por hemorragia cerebral, particularmente se houver hipertensão ou outros riscos. Assim, se houver uma dor de cabeça intensa, esta deve ser tratada com paracetamol e não com ácido acetilsalicílico nem com outros anti-inflamatórios porque podem aumentar a hemorragia. Doença arterial periférica: é uma doença resultante do estreitamento de outras artérias (fora do cérebro ou do coração). As artérias mais frequentemente afetadas são as das pernas.

Aterosclerose

A arteriolosclerose é um tipo menos frequente de arteriosclerose que afeta principalmente as camadas interna e média das paredes das artérias musculares pequenas (arteríolas). A doença verifica-se sobretudo nas pessoas que sofrem de hipertensão arterial.

Aterosclerose é um termo geral que designa várias doenças nas quais se verifica espessamento e perda de elasticidade da parede arterial. A mais importante e a mais frequente destas doenças é a aterosclerose, na qual a substância gorda se acumula por baixo do revestimento interno da parede arterial.

A aterosclerose afeta as artérias do cérebro, do coração, dos rins, de outros órgãos vitais e dos braços e das pernas. Quando a aterosclerose se desenvolve nas artérias que alimentam o cérebro (artérias carótidas), pode produzir-se um icto; quando se desenvolve nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias), pode produzir-se um infarto do miocárdio.

Na maioria dos países ocidentais, a aterosclerose é a doença mais frequente e a causa principal de morte, representando o dobro das mortes por cancro e 10 vezes mais do que por acidentes. Apesar dos avanços médicos significativos, a doença das artérias coronárias (que é causada pela aterosclerose e que provoca os enfartes) e o icto aterosclerótico são responsáveis por mais mortes do que todas as outras causas juntas.

Como se trata a aterosclerose?

Há vários cuidados a seguir:

Evitar o crescimento de placa de ateroma: através de estilos de vida saudáveis, com a redução da ingestão de gordura, do colesterol, perder peso, atividade física, controlo da pressão arterial, da diabetes e abandonar o tabagismo se o doente for fumador.

Tomar medicamentos para baixar o colesterol, pressão arterial e controlar a diabetes: há medicamentos muito efetivos na redução do colesterol, da pressão arterial e da glicemia. Estes medicamentos devem ser tomados continuamente, a menos que o médico mande parar. Estas alterações não curam só se podem controlar.

Se durante o tratamento os valores de colesterol, pressão arterial ou glicemia estiverem baixos, é sinal que o medicamento e a dieta estão a fazer efeito. Não significa que esteja curado. Se parar a dieta ou deixar de tomar os medicamentos, ao fim de algum tempo os valores voltam a elevar-se e o risco de aterosclerose e das suas consequências, também aumentam;

Tomar medicamentos para evitar a formação de trombos sobre a placa: a toma de antiagregantes plaquetários está indicada na maioria destes doentes. O ácido acetilsalicílico é dos medicamentos que demonstraram ter um efeito benéfico e é barato. Não o tome sem indicação médica.

Tomar medicamentos para deixar de fumar: se não conseguir deixar de fumar sem auxílio, pergunte ao seu farmacêutico ou ao seu médico, porque há medicamentos que podem ser usados e que ajudam a abandonar o tabagismo;

Cirurgia de bypass coronário: procedimento usado quando a angioplastia coronária não está indicada ou quando não foi efetiva. Consiste na colocação de próteses de vasos sanguíneos retirados de outra parte do corpo para transportar o sangue a zonas do coração que não estavam a ser devidamente irrigadas por causa da aterosclerose;

Ateroctomia: remoção ou dissolução de uma placa localizada na artéria bloqueada.

Dr Thiago Bandeca Cardiologia

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